segunda-feira, fevereiro 23, 2015

A felicidade procura-se!

Já levamos jornadas suficientes para percebermos que somos hoje uma equipa adulta, mais organizada, com mais soluções, sem depender deste ou daquele jogador. Mérito da SAD, mérito do treinador, mérito do grupo de trabalho. Assim quem tenha visto o jogo dos Barreiros pela TV, a impressão com que fica é que há ali uma lição bem estudada!
Ontem, por exemplo, a defesa mudou alguns protagonistas mas manteve a mesma disciplina, a mesma coesão! O mesmo se diga dos outros sectores sendo que a própria palavra ‘sectores’ perde relevância face à permanente entreajuda, face à permanente ideia de conjunto. Houve alguma felicidade na vitória, é verdade, mas o Belenenses nunca desistiu de ser feliz. Até a teimosia de Lito que contra a minha opinião foi mantendo Dálcio em campo, acabou por ser recompensada! Foi dele o passe que isolou Fábio Nunes e obrigou o guarda-redes do Marítimo a fazer penalty!

Os meus destaques:

Ventura – um dos melhores! Impecável em tudo o que fez! Nas saídas da baliza, a defender, é um libero, nas reposições é o primeiro a iniciar o ataque. No golo sofrido não tinha hipóteses, o livre foi muito bem marcado.

Ricardo Dias – Um médio defensivo de mão cheia! Tem todas as condições para ser um dos pilares do nosso meio campo. Apenas recomendo que tenha mais cuidado com os braços. Os nossos árbitros, ao Belenenses, não perdoam nada.

Sturgeon – correu muito, lutou ainda mais! Durou até ao fim!

O golo de Abel Camará! A inteligência de Fábio Nunes! O penalty marcado por Pelé! 

Resultado: Marítimo 1 Belenenses 2


Saudações azuis 

quarta-feira, fevereiro 18, 2015

Lito e a tempestade!

A vida dos treinadores não encerra qualquer mistério. Vivem das vitórias, sobem a outros patamares se elas persistem, mas de um momento para o outro também podem descer aos infernos. Difícil, difícil, como em tudo na vida, é manter o nível conquistado. E são poucos os que conseguem tal desiderato. Chegar ao cume e ficar!

O Belenenses, reconhecido cemitério de treinadores, tem a seu favor uma espécie de reverso da medalha! Quem ali triunfa, tem condições para triunfar em qualquer parte! Jorge Jesus é um bom exemplo disso. E nele se define o perfil do treinador compatível com a actual fragilidade do clube: - autoritário, bom condutor de homens, elevando-se sobre o marasmo geral, e com a capacidade de fazer omeletes sem ovos. Valorizando a omelete e os ovos!

Lito tem este perfil, e tal como Jesus, tem especial habilidade para valorizar os atletas postos á sua disposição! Todos eles estão hoje melhores do que estavam! Incluindo jogadores problemáticos ou super-problemáticos. Escuso de dar exemplos.

Concluindo, espero que passe a tempestade, provávelmente de areia, e que a acalmia regresse à velha nau azul.


Saudações azuis

segunda-feira, fevereiro 16, 2015

Crónica azul

Sem querer apropriar-me do nome de um ilustre blogue, que nos traz (incansávelmente) as notícias do nosso Belenenses, não tive outro remédio senão escolher este título face ao esverdeado profundo de todas as crónicas que se referem ao jogo entre dois velhos rivais - Belenenses e Sporting!

Empatámos, podíamos ter ganho e foi pena. Talvez merecêssemos a vitória depois daquele esplendor táctico e colectivo que exibimos durante quase todo o encontro, e que apenas teve a maculá-lo dois ou três erros individuais, um deles, no último minuto do desafio, e que deu o empate ao Sporting. Certo que o golo que marcámos se deveu, também ele, a um erro grosseiro de Rui Patrício, mas nessa altura ainda havia muito tempo para o rectificar. E a verdade é que o Sporting, em jogo jogado, nunca deu mostras de o conseguir fazer. De resto, recordo alguns apontamentos que me ficaram na retina:

 - Em primeiro lugar Ventura, onde morriam todas as iniciativas de Alvalade e ao mesmo tempo onde nasciam quase todas as iniciativas do nosso ataque – bola no chão e lá ía ela, sobrevoando o fortíssimo meio campo leonino, certeira, em condições jogáveis, para os nossos avançados! Em segundo lugar aquela estrutura defensiva, em especial a primeira muralha, Dias, Sturgeon e Pelé, que basculava para um lado e para o outro, tapando todos os caminhos por onde pudesse entrar um passe mais perigoso! E fizemos tudo isto sem cometer faltas à entrada da área! Em terceiro lugar a generosidade de todos, a capacidade para responder, para atacar o último reduto leonino. Foi o que eu vi numa noite chuvosa, com menos público do que merecíamos.

Saudações azuis



(Notas à margem) - Aconteceu o que eu menos desejava, Rui Pedro Soares, o presidente da SAD do Belenenses, lá foi peregrinar à prisão de Évora… Visitar um amigo?! A título pessoal?! Já o escrevi - os primeiros ministros (os governantes) não devem arranjar amigos durante o seu mandato. Não é para isso que foram eleitos. Pois assim pode dar-se o caso de arranjarem também inimigos ou estabelecer preferências. Ressalvo evidentemente a existência de uma amizade de longa data, o que não deve ser o caso. Acresce que Rui Pedro Soares, enquanto for presidente da SAD do Belenenses, tem que se coibir de alguns actos que possam atingir a imagem do clube que quis representar. Inclusivé ferir a sensibilidade de alguns sócios. Não o fez e segundo consta não tenciona desligar-se daquele passado que mesmo que não o condene judicialmente, já o condenou moralmente. E isso é grave, não para ele, pois é livre de seguir o caminho que entender, mas é grave, repito para o Belenenses. Esperava eu aliás, e com isto termino, que Rui Pedro Soares aproveitasse esta nova fase da sua vida, aproveitasse o Belenenses, um clube que não usa a Cruz de Cristo impunemente, para construir algo que a memória não viesse a apagar. Ainda espero.   

quarta-feira, fevereiro 11, 2015

O costume

Sem surpresa lá apareceu a notícia cirúrgica sobre o Sá Pinto 'em conversações com a SAD do Belenenses'! É sempre assim. Sempre que joga um dos três 'clubes do estado' a comunicação social afecta, apressa-se a lançar uma atoarda qualquer. Pode até haver algum fundo de verdade na noticia, mas aqui o que interessa é a oportunidade da mesma. E a oportunidade é o próximo jogo do Sporting no Restelo. Onde como sabemos está obrigado a ganhar para não perder de vista os dois primeiros classificados. 

Pergunta-se: - isto só acontece em Portugal?! Com a frequência com que acontece, julgo que sim. Até porque não conheço, na Europa, comunicação social tão rasteira como a nossa. Veja-se em abono desta tese o que se passa em termos de controle (e propriedade) dos media portugueses. E se juntarmos a isto a filiação clubista da população, em que (práticamente) só existem adeptos dos 'três clubes do estado' melhor se compreende a triste realidade portuguesa.

Mudemos então de assunto. Falemos de queijos. Ao menos aí sempre existe alguma diferença. Penso inclusivé que há mais de três queijos em condições de disputar a preferência dos consumidores lusitanos.


Saudações azuis

segunda-feira, fevereiro 09, 2015

Uma vitória interessante!

Quando vi a equipa inicial, achei ousado, uma faceta do Lito, e preocupei-me com o Nelson a defesa-esquerdo. Enganei-me, a organização defensiva esteve impecável, solidária, aguentou estoicamente os últimos minutos e aguentou durante todo o jogo um árbitro de basketball! Ao mínimo contacto (azul), falta e cartão. O Vitória de Guimarães agradeceu pois é especialista em lances de bola parada, foi aliás com eles que ganhou no Restelo.

Verdade se diga que o árbitro poderia ter assinalado um penalty contra o Belenenses, logo no início, quando Pelé tocou em Alex. Também podia não ter marcado (como não marcou). Escusava era de mostrar cartão amarelo ao jogador vimaranense. Certo, certo, é que a partir daí o seu critério alterou-se!

Mas voltemos ao jogo e se os números não enganam tivemos, durante a primeira parte, a mesma posse de bola que o adversário. Não é para todos! E fomos perigosos, graças à agilidade de Dálcio, embora com naturais verduras, e graças também ao jogo inteligente do novo recruta, Rui Fonte. Sem esquecer naturalmente a capacidade para ter bola a meio campo. Neste particular, refiro-me à segurança de Pelé, às transições de Carlos Martins e ao esforço abnegado de Sturgeon. Tudo isto foi fundamental para manter o Guimarães em respeito. E a crónica não poderia terminar sem uma menção a Ventura, um guarda-redes que está sempre no sítio certo, que sai da baliza com coragem e, muito importante, sabe defender grandes penalidades!

Nota final: estamos todos de parabéns! Mas nestas horas também se pode ser treinador de bancada. Explico: - ainda não perdi a esperança de ver o Dálcio na ala esquerda. Ou seja, de ver os extremos sem os pés trocados.

Saudações azuis

terça-feira, fevereiro 03, 2015

Há coisas que se aceitam, outras não!

No último instante ficámos a saber que Rui Fonte (jogador do Benfica B e bom marcador de golos) tinha sido emprestado ao Belenenses até ao fim da época. Uma boa notícia para quem viu fugir-lhe um avançado no mercado de Janeiro e poucas alternativas lhe restavam para o eixo do ataque. 

Isto não invalida a perspectiva que sempre defendemos no que toca a empréstimos de jogadores. Nada a opor desde que não aconteçam entre clubes que disputam a mesma Liga. Liga doméstica já se vê, para não ser mais papista que o Papa. E insisto neste tema porque acho estranho que os organismos que deveriam preocupar-se com a transparência no futebol continuam a assobiar para o lado, ou então a promover inquéritos que não levam a nada!

É claro que eu percebo o que se passa, aliás como todos percebem. Em Portugal quem manda são os grandes clubes e quer a FPF quer a Liga não se atrevem, como nunca se atreveram, a incomodá-los. Só assim se explica esta promiscuidade. E nem quero saber se lá fora é igual ou de outra maneira! O que me interessa é endireitar o que está torto no meu país. E no meu país parece que os jogadores pertencem todos a três ou quatro clubes que vão fazendo a gestão dos ganhos e perdas enquanto a maioria, os chamados clubes pequenos, ficam a chuchar no dedo ou a receber umas migalhas! Para que continuem eternamente pequenos! É esta a verdade do futebol português! Que não muda porque não quer mudar.

Nota final: - Compreendo que para um belenense, que seja apenas do Belenenses, os empréstimos oriundos da segunda circular custem mais a engolir. Aceito isso. Mas o fundo da questão é aquele que defendi acima: - empréstimos na mesma Liga, não!


Saudações azuis  

domingo, fevereiro 01, 2015

Faltou qualquer coisa…

Entrámos bem no jogo, fizemos uma primeira parte agradável, onde já se nota a batuta de Carlos Martins e não fora a péssima forma de Nelson, ou seja, a falta de um ala direito a sério, e talvez pudéssemos criar mais perigo junto à área do Nacional. Lembro-me de algumas bolas cruzadas por Miguel Rosa ou Filipe Ferreira que encontraram o deserto no lado oposto! Mas como digo, surpreendemos o Nacional durante largos minutos e só algumas perdas de bola inadmissíveis a meio campo é que geraram duas ou três jogadas perigosas do adversário. Neste aspecto Sturgeon tem que rever a sua maneira de jogar: - uma coisa é ser desarmado e prosseguir na tentativa de reaver a bola, outra é aquilo que se tem visto – perde-se a bola e ficamos estatelados no relvado á espera que o árbitro marque uma hipotética falta! Assim não vamos lá. De qualquer modo o empate (com dois golos muito bonitos) aceitava-se no final do primeiro tempo.

Na segunda parte Manuel Machado lança Rondón para a ponta direita e pode dizer-se que ganhou a aposta! A partir daí, nem o Belenenses nem Lito conseguiram arranjar um antídoto eficaz. Veio o segundo golo do Nacional e a mesma jogada repetiu-se várias vezes e só não deu mais golos porque Ventura estava lá!
Mas vejamos o que fez Lito a seguir ao segundo golo do Nacional: - saiu Filipe Ferreira, mudou o Nelson para defesa esquerdo fazendo entrar Deyverson para o eixo do ataque. É fácil falar depois mas a verdade é que aquelas alterações não resultaram. E não resultaram por várias razões sendo que uma delas já acima referi – Nelson está em péssima forma, Rondón ainda se sentiu mais á vontade e como ninguém recuava, nem dobrava, a ´síndroma da pedreira’ reapareceu na Choupana’! Naturalmente que também há mérito do adversário em perceber e explorar as nossas debilidades. Mas pergunta-se, e o nosso ataque melhorou entretanto?! Também não. A falta de um ala direito mantinha-se e já sabemos que Camará é incapaz de fazer aquele lugar. Resultado: - os nossos ataques continuaram a ser ineficazes. Não me lembro de uma defesa apertada do guarda-redes do Nacional. 

A caminhar para o fim Pelé substituíu China e entrou Dálcio para a direita, alargando-se assim a frente de ataque. Criámos então algum perigo, tivemos uma ou duas chances para chegar ao empate, nomeadamente através de livres. Não conseguimos. Mas a sensação que fica é que poderíamos ter retirado algo mais deste jogo. Fica para a próxima.


Saudações azuis